Numa época que a escravidão nos EUA era permitida, as atrocidades que ouvimos falar não têm precedentes, mas até naquela época certas coisas eram vistas como demoníacas. Veja neste post a história de LaLaurie, que deixou seu nome na história devido ao seu tratamento com os escravos.
De origem francesa, e de família muito rica e influente na região de Nova Orleans. Delphine LaLaurie nasceu em 1775, filha de franceses ela teve boa educação e sempre foi muito mimada tendo tudo que quis quando criança, seu primo foi inclusive o prefeito de Nova Orleans, exemplo de como sua família era influente na região. Sua mãe fora morta em uma rebelião de escravos, talvez isso tenha sido o gatilho para que Delphine tivesse tanto ódio das chamadas ''pessoas de cor''.
Madame LaLaurie casou-se uma vez perto de 1800, mas seu marido morreu em Cuba no ano de 1804, se tem poucas informações sobre esse casamento, o mais marcante foi quando ela casou-se com Jean Blanque, um mercador de escravos, e foi aí nesse casamento que ela tomou gosto pela escravatura, aprendeu a lidar com escravos, e aumentou cada vez mais seu desgosto pelos ''crioulos''.
Jean também veio a falecer em 1816. Sendo duas veze viúva ela se casou mais uma vez, agora com o médico Dr. Luís LaLaurie, casar-se com um renomado médico fez ela aumentar ainda mais seu prestígio na cidade, comprando uma mansão luxuosa no bairro francês da cidade e dando festas para convidados de suma importância na época.
Foi nessas festas que os convidados viram e relatavam que Madame LaLaurie humilhava e maltratava com prazer seus escravos, qualquer erro era motivo para chibatadas humilhações em público aos escravos da madame. Os registros da época contam que um juiz aplicou uma multa e libertou uma série de escravos da casa de Delphine, porque sua punição era chicotear os escravos até eles sentirem tanta dor a ponto de desmaiarem.
A história conta que os escravos foram devolvidos à Madame LaLaurie pelos parentes que eram de extrema importância na cidade, e após isso houve um incêndio na casa da madame, o incêndio foi apagado pelos bombeiros, e logo quando eles entraram na casa viram coisas assustadoras, uma das primeiras coisas que viram foi uma velha pegando fogo com o tornozelo amarrado ao fogão da casa, a velha antes de morrer teria dito aos bombeiros que iniciara o fogo para se matar e não ter que ir para o sótão da casa. Quando os bombeiros chegaram ao sótão viram o que chamaram de inferno na terra, muitas jaulas e gaiolas com escravos dentro em posições extremamente desconfortáveis com nenhum espaço para se moverem, como se fossem animais. Muitos deles ficavam em gaiolas penduradas no teto e faziam suas necessidades assim mesmo, elas caíam no chão ou neles mesmos dependendo da posição, muitos escravos não tinham mais órgãos genitais e havia muitas garrafas de sangue no sótão, os investigadores acham que Madame LaLaurie tinha medo de morrer, e achava que se tomasse banho com o sangue dos escravos ela conseguiria rejuvenescer.
Uma das histórias contadas pelos escravos que sobreviveram ao incêndio é que uma vez uma garota de 8 anos estava penteando o cabelo da Madame LaLaurie e sem querer enroscou o pente em seu cabelo e puxou, fazendo a madame sentir dor, apenas isso já bastou para a garota ser chicoteada até a morte e enterrada embaixo de uma árvore da mansão.
Após o incêndio e a descoberta das torturas, Madame LaLaurie fugiu para Paris, onde morreu em 7 de dezembro de 1849 (aprox.).
Curiosidades
A casa de Madame LaLaurie existe até hoje, e um dos últimos donos foi o ator Nicolas Cage.
Segundo outros moradores da casa, de noite se ouve gritos em francês e de dor vindos dos sótão.
A Madame LaLaurie é retratada na terceira temporada de American Horror Story.
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