A magoa de Leonardo Da Vinci

   

   Ao falarmos de Leonardo Da Vinci, em primeiro momento a figura do brilhante pintor renascentista nos é ilustrada por obras como a Monalisa, a famosa Santa Ceia, os diversos estudos sobre anatomia, seus projetos militares e suas invenções além de seu tempo, representam a grande diversidade e provam que Leonardo estava anos nus a sua época graças a sua incrível visão sobre mundo, mas o que poucos sabem é sobre o que seria sua ultima obra prima a qual não teve a oportunidade de finalizar.

   

   Por volta do ano de 1482, um dos patronos de Da Vinci, o Duque de Milão Ludovico Sforza, para homenagear seu antecessor Francesco Sforza, teria pedido a Leonardo uma escultura de um cavalo, mesmo a escultura não ser uma de suas artes favoritas, o pedido foi aceito, levando-o então a passar horas em cocheiras e estábulos observando e estudando a anatomia e os movimentos dos cavalos, levando a alguns desenhos e estudos sobre o animal, por seu famoso perfeccionismo Leonardo levou essa obra muito além do que uma simples escultura, em um de seus manuscritos ele escreveu; “O movimento espiritual, fluindo pelos membros dos animais sencientes, alarga seus músculos. Assim alargados, eles se encurtam e repuxam os tendões a que estão presos. Eis a origem da força nos membros humanos. O movimento material brota do imaterial.”

   Leonardo levou 20 anos de estudo para construir seu primeiro modelo de argila em 1492, sua primeira ideia era fazer o cavalo apoiado apenas nas duas pernas traseiras, mas não existia material forte o bastante para manter as estrutura, agora o novo desafio era revestir o modelo em bronze, para isso teria desenvolvido vários inventos mecânicos para revestir o cavalo que tinha 7 metros de altura, ficando conhecido como "O Gran Cavalo", onde seriam destinadas 80 toneladas de bronze. Mas foi então que a magoa de Leonardo teve seu inicio, em 1494, com ameaça de ataque vindo da França, Ludovico usou as 80 toneladas de bronze para fabricação de canhões e munição, o que atrasaria a construção do cavalo. No ano 1499 apos a invasão Francesa, o modelo de argila foi usado como tiro ao alvo. Levando Leonardo Da Vinci, a fugir pra Veneza, séculos depois teria sido encontrada em um de seus manuscritos a seguinte magoada frase: "Não tornarei a falar sobre o a Cavalo" Relatos secundarios também afirmam que em seu leito de morte Da Vinci repetia aos que iam o visitar era: "Eu não pude terminar o Cavalo" e "Não permitiram que eu terminasse o Cavalo" Séculos mais tarde o ex-piloto e amante da arte Charles C. Dent em 1977 criou uma fundação para terminar o Cavalo como um tributo a Leonardo Da Vinci, onde dedicou o resto da sua vida na arrecadação de fundos, mesmo com sua morte em 1994 seu legado não morreu e seguiu com o apoio do bilionário americano Frederik Meijer, onde resultaram em duas estatuas do "Gran Cavalo" uma doada para Milão na Itália em tributo a Leonardo Da Vinci, inaugurada exatamente 500 anos depois a destruição do modelo de argila. O segundo cavalo foi para Meijer’s Garden no estado americano de Michigan. Mais duas replicas em escalas menores também foram criadas uma de 3,6 metros de altura foi para a cidade natal de Charles C. Dent, a outra de 2,6 metro foi para Vinci terra natal de Leonardo.

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