Criado por Joe Simon e Jack Kirby, tendo sua primeira história em quadrinhos publicada em março de 1941 pela Timely Comics (atual Marvel), o Capitão é o mais famoso herói de uma série deles que tiveram suas histórias ambientadas na segunda guerra mundial, sendo usados também como propaganda de guerra, fato ainda mais evidente por seu uniforme ser uma representação direta da bandeira dos Estados Unidos da América. Mas sua participação na história vai muito além dos quadrinhos, ideologias politicas sempre estiveram muito presentes nas histórias em quadrinhos desde sua criação até os dias atuais. Como já mencionamos; por ter sido criado na época em que estava rolando a segunda guerra mundial, o próprio governo americano incentivou as empresas de diversos ramos baixando impostos ao promoverem a propaganda de guerra, os americanos enfrentavam junto aos aliados a tirania nazista e o poder de Adolf Hitler, que na primeira edição da revista Capitão America nº1, Hitler aparecia levando um soco do herói, caindo com o mesmo. Além das claras representações de uniformes nazistas como usados pela SS, a Gestapo e Wehrmati, além do item de desejo por todo soldado aliado, a famosa pistola Alemâ Luger P08, também não podemos deixar de mencionar seu parceiro mirim, Bucky, outro fator muito comum dos grandes heróis da época era a presença de uma ajudante mirim, mostrando a falta de valores morais da época, alguns interpretam isso como a participação de tantos jovens nas linhas de combate.
Depois com o fim da guerra o Capitão America se tornou obsoleto e ficou no limbo durante 20 anos até ressurgir em 1960, nessa época, acontecia no mundo a famosa queda de braço entre Estados Unidos e Russia, a chamada Guerra Fria, então em outra disputa entre nações o heróis ressurge como simbolo do heroísmo e força americana, em suas histórias dessa vez o herói enfrentava inimigos comunistas ou soviéticos, em uma de suas capas o Capitão America se encontra frente a frente com um grupo de vilões intitulados os Soviéticos Supremos, tendo um de seus membros usando um uniforme muito semelhante ao do Capitão América, mas totalmente vermelho fazendo alusão ao comunismo. Outra representação de suas histórias baseadas em acontecimentos políticos, foi quando desiludido com os escândalos da política, tendo o próprio presidente da época, Richard Nixon envolvimento, Steven Rogers, abandona o titulo e o uniforme de Capitão America e assume a identidade de o Nomade.
Já após os atentados de 11 de setembro, as histórias de heróis também sofreram com o impacto do acontecimento, no periodo conhecido como Guerra ao Terror, o Capitão America dedica-se novamente como simbolo americano a lutar contra terroristas, muitas editoras usaram retrataram o acontecimento como "O dia que todos os heróis falharam, nessas histórias a política de George W Bush também foi representa ou criticada, em homenagem aos bombeiros, policias e médicos que trabalharam no incidente, esses mesmos são retratados junto aos heróis em uma edição de "O Homem Aranha"
Não podemos deixar de citar Capitão America Isaiah Bradley, o Capitão America negro, após os ataques de Pearl Harbor, se tornou voluntário, durante a guerra a fórmula do soro do super soldado teria se perdido com a morte de seu autor, Dr. Erskine e com a suposta morte e desaparecimento do primeiro Capitão America Steven Rogers, Isaiah então foi "escolhido" junto a mais outros 300 afro-americanos, foram submetidos a testes para novas tentativas de criação do soro, a desculpa para os afro-descendentes terem sido convocados era pelo seu biotipo!
Não apenas o Capitão America, mas os quadrinhos em sua plenitude foram retratos fieis da nossa história, sendo influenciados diretamente pelos acontecimentos aos quais a foram presenciados pela humanidade!